...de fora para dentro, de dentro pra fora: a dialética humana! Somos formados pelo que vem de fora, valores, pensamentos, ideologias e isso tudo é (re)entendido,(re)lido, (re)elaborado, (re)digerido, (re)produzido e colocado pra fora, como se fosse a primeira instância. Não é a primeira instância, o que está neste blog é sim a materialização de todos os pensamentos do mundo que passaram por mim e representam uma época, um contexto, uma sociedade. Sou louca, mas não sou sozinha.
sábado, 20 de outubro de 2012
sou mamífera!
A gravidez é um evento humano totalmente simples, natural e, ao mesmo tempo, espetacular. A partir de um olhar coletivo, é normal que crianças nasçam. A partir de um olhar individual, particular, singular, a vinda de uma criança é algo revolucionário. Sempre acreditei que o amor materno poderia ser um mito construído social e historicamente. Agora vivo a maternidade, desde os enjoos, da primeira ultrassom, das dores na lombar, com a sensação do serzinho se mexendo pra lá e pra cá massageando meu útero (que até então é seu lar) e, principalmente, com a espera da chegada do meu filho. Essas sensações me fizeram repensar sobre o "mito do amor materno". Será que o amor materno é um mito mesmo? Será que estou naturalizando as coisas? Mas quando olho para maternidade, não só do "animal humano", mas em todos os animais, observo que o instinto é determinante. O que é o instinto? É natureza pura. Todas as fêmeas cuidam da sua cria, porque seria diferente com as fêmeas humanas? Sou mamífera. Estou gerando um mamífero. Descobrir-me como "mulher selvagem" foi muito importante, agora, descubro-me como "mamífera", isso é extraordinário. Obrigada João Pedro! Obrigada energia que move o mundo!
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